Produtos de beleza essenciais para enfrentar o sol

De férias esta semana e a passar grande parte dos meus dias na praia, não consigo - e acho que não devo - evitar a temática dos cuidados com o sol.

Exposição solar - saudável ou não?

Não sou obcecada em exibir o tom de pele mais intenso das redondezas mas sou da opinião (controversa) que existem bronzeados naturais e saudáveis. 

Vamos começar pelas más notícias que tão bem conhecemos - a exposição aos raios UV, em especial, a intermitente e associada a escaldões dispara o risco de cancro de pele e está diretamente associada ao aparecimento de melanomas, o tipo de cancro mais agressivo que se conhece. 

A verdade é que abusar do sol é um factor de risco mas evitá-lo também o é.

E porquê? Como se sabe, a vitamina D é essencial ao bom funcionamento do nosso organismo, sendo necessária para a absorção de minerais como o cálcio e contribuindo para a manutenção de ossos saudáveis. E como também se sabe, a exposição solar - neste caso, os raios ultravioleta do tipo B - provocam a produção, nas nossas próprias células, de uma das (muitas) vitaminas D - evitando a necessidade de a ingerirmos através de suplementos ou comida aditivada.

Mas o sol dá-nos mais. Recentemente, estudos têm divulgado evidências de que a exposição solar regular e moderada pode contribuir para prevenir uma panóplia de complicações. Cancros como o colo-rectal, o da próstata e da mama, linfomas não-Hodgkin, doenças como a esclerose múltipla, hipertensão e diabetes têm menor incidência em pessoas que se expõe, diariamente, aos raios UV.

Com estudos contraditórios, qual é, afinal, a resposta? Existe um balanço saudável de exposição solar da qual tiramos benefícios e nenhum efeito nefasto?

Nem por isso. As exposições solares pelo mundo ou até mesmo dentro da Europa são inconsistentes - dependem do sítio onde vivemos, do horário a que nos expomos ao sol, da meteorologia! - e por isso, torna-se impossível definir um valor exacto para esta exposição. Não há como dizer que 20 minutos de banhos de sol vão originar, quer na Noruega, quer em Portugal, o balanço correcto de efeitos secundários.

Com uma população tão variada e com diferentes tolerâncias ao sol, estamos a léguas de poder calcular um valor adequado a todos os tipos de pele e metabolismos.

Não é possível afirmar nada mais concreto do que quem se expõe regularmente e de forma moderada aos raios solares tende a ver mais efeitos positivos do que negativos como consequência dessa exposição. Não é uma regra pelo que a ideia deve ser tomada com uma dose de desconfiança.
Ainda assim, bronzear gradualmente, sem escaldões ou quedas de pele, com pouco tempo de exposição diária - não, ficar a torrar 8h ao domingo na toalha não conta - parece ser o segredo para aproveitar o efeito benéfico do sol, com as menores consequências.

Pessoalmente, a exposição ao sol faz-me sentir bem física e mentalmente e por isso, sigo o meu instinto. Confio naquilo que o meu corpo pede, tendo em conta as típicas advertências:

Não estar ao sol nas horas de maior calor;

Não me expor sem protecção solar.

Mas hoje não estou aqui para recomendar as formas de protecção mais correctas ou saudáveis - isso deixo ao vosso critério! O alerta está dado e ficaram a conhecer os riscos e as vantagens. Quero apenas partilhar a minha rotina, possivelmente cheia de erros e incoerências mas que me confere a protecção e o bronzeado que desejo.

A minha protecção da pele

No que toca a protecção da pele, actuo de duas formas diferentes. 

No corpo, começo o verão com SPF 30 e só depois de ter um bronzeado substancial - fruto de várias exposições menos intensas mas regulares - passo ao SPF 20.

Faço-o quando sei que a minha pele irá tolerar a agressão escurecendo - defendendo-se dos danos do sol - ao invés de cair.

Em qualquer um dos casos, gosto de usar a gama de óleos da Nivea Protect & Bronze. Apesar de terem o mesmo factor de protecção solar que os cremes ou sprays, a cor do bronzeado é ligeiramente diferente. Não é mais escuro, é mais dourado.

Na cara, a história é outra. A pele do meu rosto parece de outra pessoa. Excessivamente sensível, fina, queima e cai num abrir e fechar de olhos e enche-se de sardas em poucas horas. Há anos que uso SPF 50+ na cara diariamente, seja verão ou inverno. Na praia repito o processo e a única diferença é a reaplicação mais frequente. Neste momento, estou a utilizar o BB Cream da Nivea porque calhou. Todos funcionam, desde que sejam eficazes e de SPF 50+!
Em ambos os casos, só uso protectores que atuem contra UV A's e UV B's - actualmente, quase todos têm ambos os filtros.

O cabelo também precisa
Não é só a pele que sofre com as agressões do sol, também o cabelo precisa de cuidados extra. Obviamente, sem as implicações que a exposição solar traz à pele já que, no caso do cabelo, estamos a falar de células mortas, sinto necessidade de proteger o cabelo por uma questão estética. Juntamente com a água do mar, o sol danifica as pontas e enfraquece os fios pelo que aplico, várias vezes ao dia, o spray protector Minha Praia, da Embelleze. 

Depois da praia

Eis o motivo pelo qual mais um protector ocupa espaço na minha mala - utilizo este leite protector da Cien, normalmente, já bem longe da praia, quando decido ir jantar por perto e não tenho como ir a casa emebelezar-me. Este creme tem um cheiro delicioso a côco e quando aplicado na pele, hidrata e espalha brilhos que reluzem e evidenciam o bronzeado. Existem vários no mercado - a maior parte sem SPF - mas este é o mais barato que encontrei, o que é essencial tendo em conta a velocidade com que o devoro.

Não sei como ou quando comecei a utilizar águas termais mas já não me imagino sem elas. Não só são úteis na praia para aliviar o ardor e incómodo da água salgada a evaporar da pele enquanto leva consigo a minha alma, como também servem para re-hidratar a cara ao final do dia, antes de uma nova aplicação de creme. Tenho utilizado esta da Uriage mas as opções são imensas e com semelhantes eficácias. 

Não gosto de carregar tralha e por isso só levo comigo o essencial que permite melhorar aquela que, já de si, é a minha experiência preferida.

Partilhas algum essencial comigo? Que produto de beleza não consegues dispensar nas idas à praia?

Fontes:

"Regular sun exposure benefits health, Medical Hypotheses" van der Rhee, H., de Vries, E., Coebergh, J.  (2016), 

"The challenge resulting from positive and negative effects of sunlight: how much solar UV exposure is appropriate to balance between risks of vitamin D deficiency and skin cancer?" Reichrath, J. (2006)

American Academy of Dermatology