Adoro a ideia de poder encontrar peças únicas, muitas vezes de elevada qualidade e por preços acessíveis e para além disso, identifico-me muito com o conceito de dar uma nova vida aquilo que outra pessoa já não quer. Algumas das peças de que mais gosto no meu roupeiro são, na realidade, em segunda-mão e chegam a ser das que mais sucesso fazem nas redes sociais ou até em público.
Recentemente, embirrei que queria um blazer e o primeiro sítio onde o fui procurar foi a uma feira. Resultado da lei da atracção ou não, dei de caras com uma banca repleta de casacos - uns em segunda-mão, outros ainda com etiqueta - mas todos por 5€. Senti-me no céu e com a ajuda da minha mãe, desencantei do monte não 1, não 2 mas 3 casacos pelos quais fiquei totalmente apaixonada.
Recentemente, embirrei que queria um blazer e o primeiro sítio onde o fui procurar foi a uma feira. Resultado da lei da atracção ou não, dei de caras com uma banca repleta de casacos - uns em segunda-mão, outros ainda com etiqueta - mas todos por 5€. Senti-me no céu e com a ajuda da minha mãe, desencantei do monte não 1, não 2 mas 3 casacos pelos quais fiquei totalmente apaixonada.
Moral da história:
1. Não comprei um blazer tendência que, daqui a 2 semanas, já passou de moda.
2. Não contribuí para a produção de novas peças de roupa e o seu consequente impacto ambiental - produção de fibras ou materiais que involvem um grande gasto de recursos.
3. Poupei dinheiro.
4. Garanti que não vou esbarrar contra ninguém com um casaco igual ao meu.
1. Não comprei um blazer tendência que, daqui a 2 semanas, já passou de moda.
2. Não contribuí para a produção de novas peças de roupa e o seu consequente impacto ambiental - produção de fibras ou materiais que involvem um grande gasto de recursos.
3. Poupei dinheiro.
4. Garanti que não vou esbarrar contra ninguém com um casaco igual ao meu.
Mas mais do que isso tudo, não dei um cêntimo às lojas de fast fashion.
O conceito de fast fashion não é novo e possivelmente, já estarão familiarizados com ele. Fast fashion - ou moda rápida - é aquela que encontramos na maior parte das lojas dos centros comerciais - é barata e segue tendências que mudam semanalmente. Por um lado, recorrendo a lojas como Primark ou às do grupo Inditex que vendem peças relativamente acessíveis, podemos comprar muito mais roupa do que, por exemplo, os nossos pais podiam, quando tinham a nossa idade. Na verdade, em média compramos 400 % mais roupa do que se comprava nos anos 80.
Mas como nada é um mar de rosas, comprar peças baratas tem um senão - compramos peças de pior qualidade. É por isso que podemos usar a camisola super-gira que a nossa mãe comprou quando tinha 23 anos e que parece nova mas não podemos usar o casaco de malha que comprámos há 3 anos na Stradivarius que já está cheio de borboto, apesar de ter sido usado, tipo 6 vezes.
Mas como nada é um mar de rosas, comprar peças baratas tem um senão - compramos peças de pior qualidade. É por isso que podemos usar a camisola super-gira que a nossa mãe comprou quando tinha 23 anos e que parece nova mas não podemos usar o casaco de malha que comprámos há 3 anos na Stradivarius que já está cheio de borboto, apesar de ter sido usado, tipo 6 vezes.
Obviamente, existem excepções e peças de boa qualidade ainda são vendidas nestas lojas mas em geral, as peças que estão ao nosso alcance neste momento têm baixa durabilidade e quando nos fartamos delas, dar-lhes uma nova casa não é opção.
E é assim que 85 % da roupa que deixamos de usar acaba no lixo.
Se pensarmos que, grande parte dos materiais que compõe a nossa roupa não são biodegradáveis e que a sua acumulação em lixeiras permite a libertação de químicos e tintas que poluem os solos e cursos de água, percebemos porque a indústria da fast fashion é a segunda mais poluidora do mundo, logo a seguir à petroquímica.
O melhor que podemos fazer é, claro, evitar comprar mais roupa. No entanto, para quem gosta de moda como eu, é difícil fazer esse sacrifício. Assim, comprar em segunda mão acaba por ser uma alternativa sustentável. Enquanto nos vestimos com peças únicas e a um preço bastante acessível, contribuimos para evitar que muitos artigos acabem na lixeira e tenham assim, uma nova vida.
Se quiserem mergulhar mais neste rabbit hole que é a contribuição da fast fashion para os problemas ambientais, deixo-vos alguns materiais como vídeos, artigos e documentários que explicam, de forma mais detalhada, a forma como a nossa roupa destrói o planeta.
“How fast fashion adds to the world's clothing waste problem”, CBC news
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“Fast Fashion Explained In Under 5 Minutes”, Kristen Leo
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Responsibility In Fashion
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85 % da nossa roupa acaba no lixo
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Entretanto, comprem menos e de forma mais consciente.
Costumam pensar em questões de impacto ambiental quando compram uma nova peça de roupa?
Concordo em tudo contigo! Completamente tudo! Eu não sou de ir a feiras mas ultimamente ando a pensar nisso! Tanta gente diz o mesmo que tu! Preços ótimos e grandes peças! Tenho que experimentar!
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