4 dicas para definir (melhores) resoluções de ano novo e o que vou mudar em 2019

Com o novo ano mesmo à porta, era inevitável roçar o tópico das resoluções para 2019.
Mas para mim, mais importante do que partilhar as minhas resoluções, é explorar esta ideia humana de querer mudar de vida às 12 badaladas e entender porque ambicionamos tanto mas em geral... acabamos com tão pouco concretizado. Spoiler alert, o problema é que não sabemos definir resoluções de Ano Novo.
E vocês devem-se estar a perguntar "não sabemos? Mas o que há de tão difícil em escrever aquilo que queremos mudar no próximo ano? Todos nós sabemos fazer uma lista, Mara".

Claro que sabem, aliás, todos sabemos! Mas não sabemos definir resoluções que consigamos efectivamente levar a cabo ao longo do ano. Admitam - quantas vezes entraram num novo ano cheios de confiança de que iriam começar a fazer exercício, comer de forma mais saudável, ler mais, ver menos televisão, tudo para desistirem ao final de 126 horas?

Eu admito. Eu já passei por isso - e tantas vezes que deixei por completo de escrever resoluções de Ano Novo. Mas este ano e para me sentir incluída na micro-sociedade que é o instagram, achei que estava na altura de retomar este hábito. Mas como não me enganam duas vezes, decidi começar pelo princípio e aprender a fazer uma lista de resoluções mais tangível e de forma mais inteligente.
Depois de esmiuçar alguns estudos e artigos, eis as 4 dicas - algumas científicas! - mais interessantes que encontrei no que toca a criar a nossa lista de desejos para 2019.
#1 Fazer menos resoluções. 
Dois estudos, um de 1998 e outro de 2007, avaliaram a “força de vontade” de vários voluntários e ambos concluíram que a “força de vontade” não é ilimitada. Como tal, quantas menos resoluções fizermos mais “força de vontade” teremos disponível para dedicar a cada uma e mais fácil será manter as mudanças a que nos propusemos.

#2 Visualizar? Pode ser uma rasteira.
Fala-se muito em lei da atracção e visualização - imaginarmo-nos no cenário que queremos ver concretizado - como metodologias para alcançarmos os nossos desejos mas alguns estudos dizem que essa visualização pode não ser benéfica e gerar efeitos paradoxais. Mais importante do que visualizar o resultado final é…
Identificar as barreiras que podem surgir no processo de implementação das resoluções de Ano Novo. Assim, estaremos preparados para enfrentar os obstáculos e não deixaremos que eles nos tirem do caminho para o sucesso.

#3 Associar as resoluções a hábitos.
Muitas das nossas resoluções passam por criar hábitos novos e mais saudáveis e por isso, é importante que saibamos o que é um hábito para que possamos promover a criação de um. Um hábito é um comportamento que temos em resposta a um estímulo. Por exemplo, escovar os dentes (comportamento) depois de comer (estímulo). Uma forma de facilitar a criação de novos hábitos é introduzir estímulos “artificiais”. Por exemplo, se queremos fazer exercício físico depois de acordar, podemos deixar a roupa desportiva junto à cabeceira da cama ou na casa-de-banho para que seja a primeira coisa que vemos com o nascer do dia. Poético.

#4 Ter objectivos concretos.
É fácil cair no erro de fazer resoluções como "para o ano, quero ser mais produtiva" ou "em 2019, vou ler mais livros" e por muito nobres que sejam essas resoluções, não são mensuráveis. E o que não podemos medir, tende a ser mal avaliado... Avaliar o nosso progresso ajuda-nos a manter a motivação por isso sempre que possível, devemos acrescentar metas numéricas aos nossos objectivos. Por exemplo, poderiamos reescrever o desejo de ler mais assim "em 2019, quero ler 25 livros".

É isto. Fácil. Mudanças pequenas. E práticas. Mas vamos ao buzilis da questão, será que funcionam? Só há uma forma de descobrir. E envolve uma cobaia. E adivinhem quem está cheia de vontade de se voluntarir/envergonhar publicamente?
Estas são as minhas resoluções para 2019, com base nas dicas de cima. Check, check, check. Este ano, todas as minhas imensas 4 resoluções cumprem os requisitos para "boas resoluções de ano novo".
Resta voltar aqui daqui a uns tempos para partilhar um update da situação. E aceitar que isso pode envolver uma confissão pública de que sou uma pessoa incapaz de se comprometer com o que quer que seja.



Já fizeram as vossas resoluções de Ano Novo? E tiveram em conta alguma destas dicas?

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