5 Dicas para viajar com pouco dinheiro (ou como fui a Madrid com menos de 15€)

Com 14,78€ conheci Madrid de uma ponta à outra. E não, não fiz couchsurfing nem usei Blablacar.
Eu prometi neste post que iria desvendar o meu segredo mais bem guardado - como fui a Madrid com apenas 14,78€ - mas em vez de manter o suspense e confidencialidade do assunto, desboquei-me logo nas perguntas do instagram e o segredo foi pelos ares. A minha sorte (e o vosso azar) é que as histórias do instagram só duram 24 horas e a resposta às vossas perguntas acabou engolida pelo buraco negro das redes sociais tornando-se, novamente, conteúdo exclusivo e partilhável no blog. Viva à reciclagem!

Vá, estou a brincar! (não, não estou) Não vou simplesmente reciclar conteúdo que partilhei no instagram. (vou mesmo) Vou fazer render o peixe e partilhar os 5 truques - que são mais ou menos senso comum - que me permitiram conhecer uma cidade europeia sem ir à falência e sem recorrer a metodologias que podessem compromoter o meu número de rins.

Mas antes disso, vamos discriminar os meus gastos:
Viagem de ida e volta 8,88 € 
Metro 5,90€
Recuerdos (íman de Madrid, snacks, bebidas espanholas e doces típicos) 3,43€
Jantar 4,50€

E sim, o que gastei inclui recuerdos e uma refeição. Poderia ter gasto muito menos dinheiro se não tivesse comprado aqueles doces deliciosos para os meus pais provarem mas como sou uma alma solidária, quis trazer um pouco de Madrid comigo. Ah, e o mais importante - regressei a Lisboa inteira.
Sabem quando perguntam às travel bloggers como é que elas conseguem estar sempre a viajar e elas vêm com aquela resposta super irritante "viajar pode ser barato!"? Bem, parece que elas têm razão. A minha viagem a Madrid é prova disso portanto, vamos aos truques.
#1 Estar atento às promoções da app FlixBus. 
Eis a benção que possibilitou que eu viajasse até Madrid com menos de 15€ - a app FlixBus. Para quem não conhece, a aplicação FlixBus permite-vos comprar viagens de autocarro para várias cidades Europeias. Em geral, as viagens não são muito caras mas se estiverem atentos às promoções, conseguem encontrar grandes tesouros em saldo. No meu caso e como aproveitei uma grande promoção, consegui comprar a viagem de ida e volta para Madrid por 8,88€. Sim. Uns míseros 8,88€ foi quanto eu gastei para ir e voltar de Madrid, desde a Gare do Oriente.

#2 Não durmam. 
Because sleep is just a cousin of death. Não quero com isto dizer que têm de fazer directa. No meu caso, escolhi os horários de partida dos autocarros (quer de ida, quer de volta) de forma a que pudesse dormir na viagem - saí de Lisboa às 23 horas, dormi no autocarro, cheguei a Madrid às 7 da manhã, por lá andei todo o dia e saí de Madrid, novamente, às 23 horas. Claro que isto só funciona se fizerem uma day trip mas dependendo da cidade que querem visitar, um dia, desde que bem aproveitado, pode ser suficiente para conhecer os pontos turísticos mais importantes.

#3 Andem a pé. 
Mais uma vez, dependendo do vosso destino, andar a pé pode ou não ser uma possibilidade. No que toca a cidades europeias, andar a pé tende a ser o método de transporte de eleição (mesmo para quem não tem um orçamento apertado) já que muitos dos pontos turísticos das cidades estão concentrados em zonas específicas. Para além disso, andar a pé permite-vos estar permanentemente envolvidos pela arquitetura, cultura e vida da cidade e, pessoalmente, é isso que procuro conhecer numa viagem. Em Madrid, utilizei o metro unicamente para me deslocar entre a estação de autocarros e o centro da cidade.

#4 Levem comida. 
E água. Sandes são as vossas melhores amigas - rápidas de fazer, adaptáveis ao gosto pessoal, fáceis de transportar e práticas de comer em qualquer lado onde vos dê a fome. Se quiserem mesmo aproveitar a gastronomia local, pesquisem no TripAdvisor opções com boa relação qualidade/preço. Em Madrid, comi sandes ao pequeno-almoço e ao almoço e fui comendo fruta ao longo do dia como snack. Para jantar, preferi ficar pelos 100 Montaditos para aproveitar a Euromania e o wifi grátis. 

#5 Planeiem a viajem para usufruir do que é grátis ou mais barato. 
Planear é a palavra-chave no que toca a gastar o mínimo possível numa viagem. Para mim, foi importante planear com antecedência os locais a visitar para descobrir o que poderia conhecer de forma gratuita (e em Madrid, existem atracções grátis apenas em dias e horários específicos), planear o itinerário para evitar a utilização desnecessária de outros transportes que não o carro do armando e lá está, planear as refeições para evitar gastar uma exorbitância em comida, por vezes, intragável.

E por falar em itinerário, pensei que poderia ser útil partilhar o itinerário que planeei para a minha day trip a Madrid convosco. Não o segui à risca (até porque me perdi, cof cof) mas foi com ele que cheguei a todos os cantos que mais me interessavam na cidade, com o mínimo uso de transportes públicos e com o máximo aproveitamento das atracções gratuitas.
Sim, andei muito e não, não custou nada calcorrear pela cidade. Se assim não tivesse sido, não teria vivido verdadeiramente a experiência. Se quiserem ver (ou rever) a minha aventura, podem sempre espreitar o vlog da viagem.
Espero, com isto, ter conseguido desmistificar a economia da minha viagem a Madrid e que estas dicas vos inspirem a descarregar todas as aplicações de viagens da playstore.

Ah, e podes sempre fazer Pin! deste post para não perderes estas dicas.

2 comentários:

  1. És das minhas!
    Já aproveitei para fazer escala em Londres e tendo em conta as horas dos voos estive 24h por lá. E andei muito também.
    :)

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