Para dar início ao advento, começo com um momento de reflexão - um dos muitos que deveremos ter durante esta quadra cheia de amor e docinhos de gengibre - sobre gratitude.
É no célebre feriado do 1 de Dezembro (com letra maiúscula para não respeitar, propositadamente, o Novo Acordo) que o YouTube se enche de vlogs forçosamente natalícios, carregados de conteúdo com cheiro a canela e espírito festivo exagerado - assim descrevo em tom de crítica este meu guilty pleasure sazonal.
Não me choca ou incomoda que este mês os nossos influencers cuspam única e exclusivamente conteúdo natalício para os nossos ecrãs, na esperança de ver mais uns cobres a cair na conta. Para mim, comum mortal, esta febre natalícia é o empurrãozinho de que preciso para entrar rapidamente no espírito e começar a apreciar a quadra. Fake it 'till you make it, certo?
Para dar início ao advento, começo com um momento de reflexão - um dos muitos que deveremos ter durante esta quadra cheia de amor e docinhos de gengibre - sobre gratitude.
Cheguei a casa tarde este domingo. Cansada mas de coração mais pesado que é como quem diz, cheio de novas memórias e novas perspectivas.
Hoje sinto-me na obrigação de agradecer pelas pessoas que ao longo dos anos entraram na minha vida. Lentamente ou vindas de pára-quedas, tenho tido a sorte de tropeçar em autênticos tesouros. Pessoas de bom coração, com as intenções mais puras e as personalidades mais carismáticas. Neste momento, posso dizer que tenho uma mão cheia de "cerejas" para o topo dos meus bolos. Pessoas que adicionam os pózinhos de perlimpimpim às minhas aventuras. Pessoas que adicionam, sem pedir nada em troca. Pessoas que multiplicam.
Se ainda não tiveste um momento de gratitude hoje, que este início de Blogmas seja o teu empurrãozinho.
Um pouco como estas coisas dos "-mas" (christmas, blogmas, vlogmas e afins) que esfregam espírito natalício na nossa cara até nos sentirmos obrigados a montar a árvore de Natal mais pirosa, o momento de gratitude diário força a nossa mente a reflectir sobre o nosso dia, compreender o impacto que as pessoas e os acontecimentos tiveram em nós e procurar o lado bom ou até mesmo, forçar uma nova perspectiva positiva sobre o que inicialmente nos marcou negativamente.
Com o tempo, o hábito da gratitude acaba por se tornar uma segunda natureza e as perspectivas positivas que inicialmente forçamos passam a ser a interpretação automática que temos das situações menos ideais. E não é isso o que todos queremos? Ser automática e genuinamente capazes de ver o mundo com um brilho nos olhos?
Toca a agradecer a até amanhã.
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